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Curiosidades sobre as Fases do Envelhecimento

O processo de envelhecimento é natural e, ao longo da vida, passamos por diferentes fases que impactam não apenas o nosso corpo, mas também a nossa mente e comportamento. Entender melhor essas fases nos ajuda a encarar o envelhecimento com mais sabedoria e leveza. A seguir, apresentamos algumas curiosidades sobre essas etapas.

 

Envelhecimento Biológico: Muito Além da Idade Cronológica

A idade cronológica, o número de anos que vivemos, nem sempre reflete o verdadeiro envelhecimento do corpo. O envelhecimento biológico, por sua vez, se refere à condição física dos nossos órgãos e células. Fatores como genética, estilo de vida e exposição a hábitos saudáveis determinam o ritmo desse processo. É por isso que algumas pessoas de 70 anos podem parecer muito mais jovens e ativas do que outras da mesma idade.

 

A Fase da Maturidade: Entre os 45 e 60 anos

Nesta fase, muitos experimentam mudanças hormonais significativas. Para as mulheres, a menopausa é um marco importante, enquanto os homens podem vivenciar a andropausa. Além das alterações físicas, essa fase também é marcada por uma transformação psicológica. Muitas pessoas revisam suas prioridades, buscando maior equilíbrio entre trabalho, lazer e vida pessoal.

 

A Terceira Idade: A Redescoberta da Vida

A partir dos 60 anos, inicia-se a chamada “terceira idade”. Este período pode ser um momento de grandes mudanças e, ao mesmo tempo, de novas oportunidades. Contrariando o estereótipo de que o envelhecimento está ligado à perda de vitalidade, muitos idosos aproveitam esse tempo para descobrir novos hobbies, viajar e dedicar-se a atividades que lhes trazem prazer. O segredo está em manter-se ativo fisicamente e mentalmente.

 

O Papel do Cérebro no Envelhecimento

Um fato curioso sobre o envelhecimento é que o cérebro, embora enfrente alguns declínios, continua capaz de criar novas conexões neurais. Isso significa que, mesmo com o avanço da idade, podemos continuar aprendendo e desenvolvendo habilidades. A prática de atividades cognitivas, como leitura, jogos de raciocínio e aprendizagem de novas línguas, ajuda a manter a mente ágil.

 

Longevidade e o Papel da Socialização

Estudos demonstram que a socialização desempenha um papel vital na qualidade de vida dos idosos. Manter relações sociais ativas, seja com a família, amigos ou grupos da comunidade, está diretamente relacionado a uma maior expectativa de vida e bem-estar. O isolamento social, por outro lado, pode acelerar o declínio físico e mental.

 

Cuidados Específicos: A Importância do Apoio Profissional

Com o passar dos anos, a necessidade de cuidados específicos tende a aumentar. Isso inclui a atenção com a alimentação, a prática de atividades físicas moderadas e o acompanhamento médico regular. Clínicas de repouso especializadas, como a Clínica Riviera, oferecem um ambiente preparado para garantir o bem-estar dos idosos, com equipe capacitada para oferecer assistência integral.

Envelhecer é um processo único para cada indivíduo, e conhecer mais sobre as fases desse ciclo nos ajuda a enxergá-lo com mais naturalidade e respeito. Com o suporte adequado e um estilo de vida saudável, é possível envelhecer com qualidade e, acima de tudo, com dignidade.

Saúde Capilar do Idoso: Cuidados Essenciais para Manter os Cabelos Saudáveis na Terceira Idade

O envelhecimento traz diversas mudanças no corpo, e a saúde capilar do idoso é um dos aspectos que merece atenção especial. Durante o processo de envelhecimento, os cabelos passam por alterações significativas, como perda de volume, ressecamento e até mudanças na cor. No entanto, com os cuidados adequados, é possível manter os fios saudáveis e bonitos por mais tempo.

Por que os cabelos mudam com a idade?

Conforme envelhecemos, a produção de sebo no couro cabeludo diminui, deixando os fios mais secos e frágeis. Além disso, fatores como a redução na produção de melanina (o pigmento que dá cor aos cabelos) causam o surgimento de cabelos brancos ou grisalhos. A queda capilar também se torna mais frequente devido à diminuição da circulação sanguínea no couro cabeludo e à redução dos hormônios que estimulam o crescimento capilar.

Cuidados diários para a saúde capilar do idoso

Para manter a saúde dos cabelos na terceira idade, alguns cuidados são essenciais:

1. **Hidratação Regular**: O ressecamento é uma das principais queixas, por isso, o uso de shampoos e condicionadores hidratantes é fundamental. Evitar produtos que contenham sulfatos agressivos pode ajudar a preservar a umidade natural dos fios.

2. **Alimentação Balanceada**: Uma dieta rica em nutrientes como vitaminas A, C, D, E e do complexo B, além de minerais como zinco e ferro, auxilia na saúde capilar. A ingestão de proteínas também é crucial para fortalecer os fios.

3. **Evitar Excesso de Calor**: Usar secadores e chapinhas com frequência pode fragilizar ainda mais os cabelos. Sempre que possível, opte por deixar os cabelos secarem naturalmente.

4. **Massagem no Couro Cabeludo**: Estimular a circulação sanguínea no couro cabeludo através de massagens suaves ajuda a oxigenar os folículos capilares, promovendo a saúde dos fios e reduzindo a queda.

5. **Cuidado com Produtos Químicos**: Tinturas e outros tratamentos químicos podem deixar o cabelo mais frágil. Optar por tinturas naturais e evitar processos agressivos é uma escolha inteligente para manter os fios saudáveis.

Quando procurar um especialista?

Se o idoso apresentar queda acentuada ou problemas mais graves no couro cabeludo, como irritações ou caspa, é importante buscar orientação médica. Em muitos casos, um dermatologista pode prescrever tratamentos adequados, como loções ou medicamentos específicos para fortalecer os cabelos.

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A saúde capilar do idoso é um reflexo dos cuidados que envolvem tanto hábitos diários quanto uma alimentação equilibrada. Manter uma rotina adequada de higiene, hidratação e proteção é fundamental para que os cabelos permaneçam saudáveis e bonitos mesmo com o passar dos anos. Na Clínica de Repouso Riviera, estamos atentos a todos os aspectos do bem-estar dos nossos residentes, inclusive à saúde capilar, oferecendo o suporte necessário para que nossos idosos tenham uma vida digna e saudável em todos os sentidos.

O QUE MUDA NA TERCEIRA IDADE?

Indivíduos idosos tendem a ter rugas, algumas manchas na pele, mudança da cor do cabelo para cinza ou branco, maior tempo de lazer e muito mais! Como aproveitar o melhor da terceira idade?

 

Durante o processo de envelhecimento nota-se um declínio gradual no funcionamento de todos os sistemas do corpo. No entanto, a maioria das pessoas idosas apegam-se aos aspectos negativos que a idade traz.
Devemos levar em consideração que em todas as fases da vida vivemos momentos bons e negativos e desses momentos resgatamos histórias e lembranças que perduram durante nossa jornada. A quem diga que analisar os aspectos negativos de uma forma mais leve e positiva favorece  nosso processo de amadurecimento interno.
Em geral, o envelhecimento de uma pessoa corresponde ao envelhecimento de suas células, que parecem ter um tempo de vida geneticamente determinado. Com o aumento da idade ocorrem mudanças estruturais nas células e também ocorrem mudanças no DNA e no RNA. Não existe uma única causa para o envelhecimento, sendo que todas as áreas do corpo são afetadas. Muitas alterações da velhice apresentam determinação genética.

Indivíduos idosos tendem a ter rugas, algumas manchas na pele, mudança da cor do cabelo para cinza ou branco, e esses são aspectos naturais que socialmente muitas vezes são vistos de forma negativa Porém nem tudo está perdido, o melhor do envelhecer estar no tempo de experiência que obtivemos ao longa da vida e no tempo que ainda temos para aprender muito mais.

O indivíduo idoso ganha mais tempo para aproveitar e cuidar da família, da própria casa e também da vida. É possível criar novos hábitos, novos amigos e até mesmo um novo amor.

Que tal aproveitar e curtir a melhor fase da vida em um espaço que cuida e te atende da melhor forma possível?! As casas de repouso são uma ótima oportunidade de garantir a sociabilidade do idoso e também seu lazer com atividades sociais e recreativas. Desta forma não apenas laços são criados, mas todo o processo de atividade cognitiva e psicológica ao trabalhadas para que a mente continue sempre trabalhando. As casas de repouso ainda contam com profissionais e espaços dedicados à saúde física, garantindo o fortalecimento dos músculos e dos ossos.
O novo conceito adotado pelas casas de repouso deixa o antigo modelo de ‘asilo’ de lado e aborda as necessidades do idoso de maneira descontraída e humanizada.

 

A Clínica Riviera é um novo conceito em hospedagem geriátrica e você pode conhecer todo o nosso trabalho através das nossas redes sociais ou nos fazendo uma visita pessoal.

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fonte inspiração: idoso.com.br

70% DO ENVELHECIMENTO SÃO HÁBITOS DE VIDA!

O corpo se desgasta por dois motivos, um deles é genético. O outro são os fatores externos como estresse, álcool, tabaco e sol.

A velocidade da marcha é um dos cinco sinais para avaliar a condição do idoso no futuro. Os outros sinais são: a frequência do pulso, a frequência respiratória, a temperatura e a pressão arterial. O envelhecimento é caracterizado por um declínio do organismo, que pode ocasionar redução de força, perda de mobilidade articular e sensoriais, que prejudicam a capacidade coordenativa. Estas situações aliadas ao sedentarismo, geralmente diminuem a mobilidade geral com alteração no equilíbrio e na marcha.

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O processo de envelhecimento está associado a modificações no padrão da marcha e no equilíbrio e a diminuição dela tem relação com a diminuição da expectativa de vida.

O envelhecimento começa aos 28 anos. O corpo se desgasta por dois motivos, um deles é a limitação biológica e genética, o outro são os fatores externos como o estresse, o álcool, o tabaco e o sol. Apenas 30% do envelhecimento é genético, os outros 70% são os hábitos de vida.

 

 

fonte: G1

SUPLEMENTAÇÃO PARA IDOSOS: QUANDO E COMO COMEÇAR?

A ingestão de nutrientes adequados para a terceira idade tem relação direta com ganhos de saúde e qualidade de vida. Saiba como e quando começar sua ingestão! 

Naturalmente ao envelhecermos lidamos com as consequências da idade mais avançada, mas saiba que é possível ter saúde e qualidade de vida na terceira idade. A suplementação alimentar pode fornecer ao corpo os nutrientes que ele mais precisa nesta fase, promovendo a saúde e autonomia aos idosos.

 

Quando começar a ingestão de vitaminas?

Antes de iniciar qualquer tipo de ingestão de vitaminas é essencial que o idoso passe por uma avaliação médica para saber qual a porcentagem de vitaminas no corpo e qual a carência que o mesmo sofre. Muitas fontes garantem que o ideal é começar a ingestão de vitaminas a partir dos 50 anos de idade. Essa necessidade vai depender da qualidade de vida que cada um tem e é determinada pelo médico.

 

Quais os tipos mais comuns de vitaminas?

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1. Vitamina B12

Essa vitamina está naturalmente presente nos alimentos de origem animal. Porém, mesmo pessoas idosas que não são vegetarianas, costumam reduzir o consumo de carne porque esse alimento torna-se pesado para mastigar, engolir e digerir. Então faz-se necessária a suplementação em alimentos fortificados, cápsulas e outras fontes.

2. Cálcio

É comum que a partir do momento em que o corpo das mulheres entra na menopausa e o dos homens na andropausa, comece a perder mais cálcio e absorvê-lo em menor quantidade. Com isso os dentes enfraquecem e os ossos ficam sujeitos aos efeitos da osteoporose. Sendo assim, a suplementação de cálcio se faz necessária, seja em cápsulas ou aumentando o consumo de leite e derivados.

3. Vitamina D

Para que o organismo absorva a quantidade necessária de cálcio, ele precisa do apoio da vitamina D, que faz parte do processo. É do sol que o corpo humano obtém a maior quantidade dessa vitamina, mas ela também está em alguns alimentos. Ela é importante para músculos, cérebro, nervos e para o sistema imunológico. Nas pessoas idosas sua absorção reduz, então é importante tomar suplementos.

4. Vitamina B6

Como o organismo dos idosos vai ficando mais sensível com o passar dos anos, a vitamina B6 se torna outra suplementação essencial, ajudando a combater germes e a produzir mais energia. Ela também atua no metabolismo das proteínas, evita a retenção de líquidos e favorece a oxigenação das células.

5. Magnésio

Esse mineral é necessário para a saúde cardiovascular, dos ossos, melhora a digestão, aumenta a absorção de outros nutrientes, ajuda a manter bons níveis de açúcar no sangue e muito mais. Está entre as vitaminas essenciais para idosos e, nas fontes naturais, encontra-se nas oleaginosas, no espinafre, batata-doce, peixes e grãos integrais.

6. Probióticos

Aumentar o consumo de alimentos probióticos é essencial para os idosos, embora seja uma escolha altamente benéfica em todas as fases da vida. Os probióticos nutrem a microbiota intestinal com bactérias boas, evitando doenças intestinais e fortalecendo o sistema imunológico. Eles são os iogurtes naturais, kefir, kombucha, molho de soja, chucrute e tudo mais que for fermentado.

7. Ômega-3

São tantas as funções do ômega-3 para o bom funcionamento do organismo que há um artigo somente falando de ácidos graxos ômega-3. Basicamente, são gorduras boas e necessárias, mas que o corpo não produz, por isso precisam ser absorvidas de fontes externas, sejam alimentos ou suplementos em cápsulas. Nos alimentos ele está no abacate, nas oleaginosas, no coco e nos peixes gordos, como atum, sardinha, cavala, arenque e salmão.

8. Zinco

Outra das vitaminas essenciais para idosos é o elemento zinco. Esse nutriente fortalece a imunidade, melhora a produção e a liberação de hormônios, que é uma das funções mais afetadas nos idosos, também regula o açúcar no sangue, atua na força cardíaca, previne doenças gastrointestinais e muito mais.

9. Potássio

Para os idosos, a suplementação de potássio é tão importante porque ele atua no funcionamento do sistema nervoso, nos movimentos dos músculos e do coração. A falta desse nutriente nos idosos causa fadiga, fraqueza, insônia, depressão, desregulação das batidas do coração e cãibras.

10. Folato

Devido à fraqueza que aumenta com a idade, os idosos necessitam absorver a quantidade adequada de folato para reduzir o risco de quedas e fraturas. O folato é o ácido fólico, que está presente nas frutas cítricas, folhas verdes, aspargos, brócolis e alimentos enriquecidos.

 

Investir na saúde garante qualidade de vida!

Essas são algumas das vitaminas essenciais para idosos, pois na verdade o organismo precisa de todos os nutrientes de forma equilibrada, não apenas de alguns. Sendo assim, não deve-se esperar chegar aos 50 anos ou mais para começar a visitar o médico geriatra e outros especialistas com mais frequência.

Quanto antes começar a verificar a qualidade e quantidade de nutrientes no organismo, melhor qualidade de vida vai ter quando ficar idoso.

 

**As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. Para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.

 

 

texto extraído de: essentialnutrition; .dicasonline

O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E SEUS DESAFIOS

O país, que era considerado jovem, vive o aumento da expectativa de vida, que está mudando esse quadro. Até 2060, a população com 80 anos ou mais deve somar 19 milhões de pessoas, diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa (CNDPI), Bahij Amin Auh afirma que a mudança começa com educação. “O Brasil conquistou a vitória de aumentar a longevidade da sua população. Hoje, vive-se mais – a média de expectativa de vida da população brasileira é de mais de 75 anos. Agora, é preciso um amplo programa educacional, para que toda a população tenha noções básicas sobre o processo de envelhecimento, para que valorize e respeite a pessoa idosa”.

Hoje, já há previsão legal, inclusive no Estatuto do Idoso, de 2003, para que os sistemas escolares trabalhem conteúdos sobre esse tema, mas, segundo Auh, isso não tem sido feito. Representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele diz ainda que a promoção dessa valorização passa pela garantia de mais informações para os idosos acerca dos seus próprios direitos.

Outro desafio do país é aumentar a oferta de políticas públicas que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa. “Não adianta um corpo vivo. É preciso que a mente e as relações das pessoas idosas estejam em atividade”, afirma. Uma das questões mais relevantes para ele é a política de acolhimento. Diante de mudanças nas configurações sociais, muitos idosos passaram a ficar sem companhia em casa e sem receber os cuidados necessários, conversar ou contar com o apoio da família para desenvolver atividades.

Políticas de acolhimento

De acordo com dados do Sistema Único de Assistência Social (Suas), há, no Brasil, 1.669 instituições de acolhimento de idosos. Muitas pessoas conhecem apenas as instituições de longa permanência, conhecidas popularmente como asilos. Não obstante, existem outros modelos em funcionamento no país, como os centros de convivência, onde idosos que têm autonomia praticam atividades recreativas e aprendem novos ofícios, e os chamados centros-dia, que em geral recebem pessoas que precisam receber algum tipo de atendimento terapêutico.

Tais opções ainda são restritas e estão concentradas em grandes centros urbanos, mas podem ser saídas para a situação vivenciada por muitos idosos que não têm companhia e também para os membros de famílias que precisam ou desejam trabalhar fora de casa, mas têm responsabilidades com os mais velhos.

Atualmente, cerca de 60 mil pessoas usam os diferentes serviços de acolhimento existentes, informa a coordenadora-geral de Serviços de Acolhimento do Ministério do Desenvolvimento Social, Nilzarete de Lima. Apesar de o número ser expressivo, Nilzarete diz que ainda há desconhecimento sobre os serviços e também preconceitos. “É muito presente a ideia de que as pessoas acolhidas nessas instituições são aquelas que não têm mais família e que, por isso, o atendimento dado não é adequado e não respeita a individualidade delas”.

Nilzarete reconhece, contudo, que problemas existem, e diz que tem buscado superá-los. Um problema central é a diversidade de padrões adotados nas instituições, o que está relacionado ao fato de 70% a 80% delas serem ligadas a instituições filantrópicas ou outros tipos de organizações da sociedade civil, explica Nilzarete. O governo federal participa dessa política por meio do cofinanciamento das ações e do estabelecimento de regras de funcionamento.

Nos últimos anos, o governo atua para reordenar a prestação dos serviços. Superando a antiga concepção assistencialista rumo à afirmação da assistência social como direito, diz Nilzarete, “a gente vem trabalhando com uma política de inclusão dos idosos à comunidade e de reordenamento dessas unidades, para que seja adotada uma nova visão, como política de Estado, de direito e de proteção social”. Em vez de um lugar onde os idosos são abandonados ou de um hospital permanente, ela propõe que as instituições sejam a casas dessas pessoas e ofereçam atendimento humanizado.

Para promover essa visão, ela ressalta que o Ministério do Desenvolvimento Social participa de uma câmara técnica que, junto com outras pastas, conselhos de direitos e organizações da sociedade civil, objetiva estudar a rede existente e propor esse reordenamento. Financiamento, estrutura dos locais e características dos serviços ofertados são algumas das questões analisadas. “Queremos que as famílias tenham a segurança de que vão deixar alguém no serviço de atendimento, mesmo o temporário, e de que esse parente vai ser cuidado”, afirma.

Formação profissional

Outro desafio para que os idosos recebam atendimento de qualidade é a qualificação profissional de quem trabalha com essa população. “As profissões ligadas aos cuidados com os idosos são as profissões do futuro. O envelhecimento da população vai gerar o aumento das oportunidades de trabalho para pessoas que cuidem dos idosos”, alerta Bahij Amin Auh.

Tal percepção, contudo, ainda não foi absorvida a contento pelas instituições de ensino. Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, Carlos André Uehara avalia que muitos profissionais em atuação não receberam formação com um olhar gerontológico. Exemplo disso é a abordagem que infantiliza o idoso, que ele considera inadequada.

Além disso, Uehara explica que o modelo de atenção à saúde atual é baseado na busca da cura de doenças agudas, enquanto cresce o número de idosos que convivem com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e doenças respiratórias. Nestes casos, o que resolve “não é uma consulta de 2 minutos, que passa remédio e marca retorno – é preciso mais acompanhamento”.

 

 

texto extraído de: cuidaridoso

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