O envelhecimento da população mundial tem se tornado uma questão cada vez mais latente na medida em que tem impacto direto na situação socioeconômica e política dos países ao redor do mundo.
A Organização Mundial da Saúde, por exemplo, exalta essa situação e recorre a medidas globais para que se mude a qualidade de vida dos idosos. O Japão, como se sabe, seria outra referência mundial desse tipo de esforço.
AVANÇO DO ENVELHECIMENTO NO ÂMBITO GLOBAL
De acordo com a OMS, a população mundial está envelhecendo rapidamente.
Entre 2015 e 2050, a proporção de idosos ao redor do mundo estaria estimada para quase dobrar de 12% para 22%. Em termos absolutos, espera-se um crescimento de 900 milhões de pessoas para 2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos de idade.
Os idosos enfrentam desafios físicos e psicológicos únicos para suas idades, sendo que mais de 20% dos adultos com mais de 60 anos sofreriam de algum tipo de transtorno envolvendo sua saúde mental.
Os transtornos mais comuns para pessoas nessa faixa etária seriam a demência e a depressão, ambas afetando aproximadamente de 5% a 7% dos idosos ao redor do mundo, respectivamente.
Para além desse fator preocupante, teríamos ainda o estigma que engloba esse tipo de questão, algo que promoveria relutância por parte das pessoas em buscar ajuda para problemas dessa natureza, dificultando sua observação e possibilidade de tratamento.
Normalmente, problemas envolvendo a saúde mental dos idosos seriam mais dificilmente percebidos tanto por eles quanto pelos profissionais da saúde ao seu lado, não vinculados à psicologia.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE MENTAL DO IDOSO
os riscos de se desenvolver algum tipo de problema ou dificuldade vinculada à saúde mental existem em qualquer momento da vida.
Apesar disso, pessoas em estado de envelhecimento parecem ficar um pouco mais vulneráveis a elas.
Acontecimentos como a perda de entes queridos e o declínio de suas habilidades funcionais normalmente agem negativamente na vida dos idosos, de forma a aumentar, por exemplo, sua solidão e seus níveis de estresse.
Para além das dificuldades normais da vida de qualquer um, esse grupo ainda teria que lidar com aquelas “típicas” da idade.
A saúde física também teria um grande impacto sobre a saúde mental individual dos mais velhos. As dores crônicas, por exemplo, poderiam ser um reflexo disso.
Outro ponto a se destacar diz respeito à vulnerabilidade que os idosos teriam para sofrerem abusos, sejam eles físicos, verbais ou psicológicos, normalmente vinculados a maus tratos.
Pesquisas recentes teriam apontado que entre cada seis idosos, ao menos um sofreria com algum tipo de abuso.
TRATAMENTOS E ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A SAÚDE MENTAL DO IDOSO
É importante preparar os profissionais da saúde e as sociedades para atender às necessidades específicas das populações mais velhas de forma a tê-los como as figuras centrais dos tratamentos, incluindo:
- A formação de profissionais de saúde na prestação de cuidados a idosos;
- A prevenção e gestão de doenças crônicas associadas à idade, incluindo transtornos mentais, neurológicos e de uso de substâncias;
- O conceber políticas sustentáveis em cuidados de longo prazo e paliativos;
- O desenvolvimento de serviços e configurações amigáveis aos idosos; e
- A preservação de sua autonomia
A saúde mental dos idosos pode ser melhorada através da promoção de um envelhecimento ativo, saudável e centrado no próprio idoso.
A promoção da saúde em saúde mental específica para idosos envolve a criação de condições de vida e ambientes que apoiem o bem-estar e permitam que estas pessoas tenham uma vida saudável e autônoma.
Ela depende em grande parte de estratégias para assegurar que os idosos tenham os recursos necessários para atender às suas necessidades, tais como:
- O proporcionar de segurança, liberdade e autonomia perante a vida;
- Uma habitação adequada através da política de apoio à habitação;
- Apoio social para idosos e seus cuidadores;
- Programas de saúde e sociais dirigidos a grupos vulneráveis, como aqueles que vivem em populações solitárias e rurais ou que sofrem de uma condição mental ou física crônica ou recorrente;
- Programas para prevenir e lidar com o abuso de idosos; e
- Programas de desenvolvimento comunitário.
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texto extraído de: cenatcursos