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SAIBA MAIS SOBRE A DERMATITE EM IDOSOS

A dermatite em idosos é uma condição cutânea que merece atenção devido às características específicas dessa população, como a pele mais fina e a predisposição a certas condições dermatológicas. A dermatite, que se refere à inflamação da pele, pode se apresentar de várias formas em idosos, e entender essas manifestações é crucial para um cuidado eficaz.

1. Pele Sensível e Fina:
A pele dos idosos tende a ser mais fina e menos elástica devido à diminuição da produção de colágeno. Isso a torna mais suscetível a danos e ressecamento, aumentando o risco de desenvolvimento de dermatites.

2. Dermatite de Contato:
A dermatite de contato, causada pelo contato com substâncias irritantes ou alérgenos, pode ser mais comum em idosos devido a mudanças na rotina de cuidados com a pele, como o uso de novos produtos ou materiais. Isso pode se manifestar como vermelhidão, coceira, bolhas ou descamação.

3. Dermatite Seborreica:
A dermatite seborreica é outra condição que pode afetar os idosos, especialmente em áreas como o couro cabeludo, rosto e região central do tórax. Essa condição pode resultar em escamas, vermelhidão e prurido, sendo importante o manejo adequado para evitar desconforto.

4. Dermatite Atópica:
Embora mais comum em crianças, a dermatite atópica pode persistir ou se manifestar em idosos. Caracteriza-se por pele seca, coceira intensa e erupções cutâneas, muitas vezes associadas a condições alérgicas.

5. Infecções Cutâneas:
A pele envelhecida também é mais suscetível a infecções cutâneas, e a dermatite pode ser um sintoma secundário a uma infecção. Lesões cutâneas, calor, vermelhidão e dor podem indicar uma infecção que requer tratamento adequado.

6. Cuidados Específicos:
O cuidado da pele em idosos deve ser delicado e adaptado. Isso inclui o uso de produtos de higiene suaves, hidratação regular para prevenir ressecamento, e a escolha de roupas de algodão soltas para evitar atrito.

7. Consulta a um Dermatologista:
Em casos de dermatite persistente, é aconselhável consultar um dermatologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. O acompanhamento profissional é fundamental para garantir que a abordagem seja personalizada e eficaz.

8. Monitoramento Regular:
Idosos e seus cuidadores devem monitorar a pele regularmente em busca de mudanças, irritações ou lesões. A detecção precoce de problemas cutâneos permite uma intervenção rápida e eficaz.

Em resumo, a dermatite em idosos requer uma abordagem cuidadosa e personalizada. A compreensão das características específicas da pele envelhecida, a prevenção de irritações e a busca de cuidados médicos quando necessário são passos essenciais para manter a saúde cutânea e o conforto dos idosos.

VERÃO: HIDRATAÇÃO DO IDOSO

As bebidas hidratantes desempenham um papel crucial na saúde dos idosos, especialmente considerando que a desidratação pode ser mais comum nessa faixa etária devido a uma série de fatores, como alterações na percepção da sede, diminuição da função renal e uso de medicamentos. Escolher as bebidas certas é essencial para garantir que os idosos mantenham um estado adequado de hidratação e promovam o bom funcionamento do organismo.

1. Água:
A água é a base de qualquer estratégia de hidratação e é fundamental para todas as idades, incluindo os idosos. Manter-se adequadamente hidratado contribui para a saúde dos rins, ajuda na digestão, regula a temperatura corporal e promove a saúde da pele. Incentivar o consumo regular de água é essencial para prevenir a desidratação.

2. Água de Coco:
Rica em eletrólitos naturais, a água de coco é uma excelente opção para os idosos. Além de ser uma fonte natural de hidratação, ela também fornece minerais essenciais, como potássio e magnésio, que podem ser benéficos para a saúde cardíaca e muscular.

3. Chás Sem Cafeína:
Chás de ervas, como camomila ou hortelã, são opções hidratantes e reconfortantes, sem a presença de cafeína, que pode ter efeitos diuréticos. Essas bebidas podem ser uma escolha agradável para os idosos, proporcionando sabor e promovendo a hidratação.

4. Sucos Naturais:
Sucos de frutas naturais, diluídos em água, são outra maneira saborosa de aumentar a ingestão de líquidos. No entanto, é importante moderar o consumo devido ao teor de açúcar naturalmente presente nas frutas.

5. Bebidas Esportivas Leves:
Bebidas esportivas com baixo teor de açúcar e eletrólitos podem ser úteis em situações em que os idosos precisam repor não apenas a água, mas também minerais perdidos, como em casos de exercício leve ou em condições climáticas quentes.

6. Caldos e Sopas Leves:
Caldos e sopas, principalmente aqueles ricos em água e baixos em sódio, não apenas fornecem líquidos, mas também nutrientes adicionais. Eles são uma opção aquecida e reconfortante, especialmente durante os meses mais frios.

7. Leite e Alternativas:
Leite e alternativas, como leites vegetais fortificados, são fontes de hidratação e também fornecem cálcio e vitamina D, importantes para a saúde óssea dos idosos.

É fundamental ajustar as escolhas de bebidas de acordo com as preferências individuais, necessidades nutricionais e condições médicas específicas de cada idoso. Além disso, incentivar a ingestão regular ao longo do dia, mesmo quando não há sensação de sede evidente, é essencial para manter um estado adequado de hidratação e promover a saúde global dos idosos.

CUIDADOS ESSENCIAIS COM A PELE IDOSA

A pele é o maior órgão do corpo humano e encontra-se na linha da frente na proteção do corpo contra agressões externas. Manter a pele hidratada é fundamental aos idosos principalmente nesta fase onde os cuidados são essenciais. 

Quais os sinais de envelhecimento da pele?

O envelhecimento da pele é um processo bastante precoce, que começa a mostrar os seus primeiros sinais aos 25 anos. Os principais sinais de envelhecimento da pele são:

  • Rugas: aparecerem em diferentes partes do rosto, sendo mais visíveis no canto dos olhos, na testa, nas maçãs do rosto e entre o nariz e o lábio superior (sulco nasogeniano) e podem ser acentuadas pelas expressões faciais. As expressões faciais influenciam o aparecimento das rugas em certas zonas, as quais se vão tornando mais profundas com o passar dos anos.
  • Pele flácida: causada pela diminuição de volume associada à redução da capacidade natural de regeneração da pele. A pele flácida pode provocar alterações à fisionomia do rosto, levando à perceção de um rosto triste e cansado, situação que pode reduzir a autoestima do idoso.
  • Pele seca, fina e sem brilho: relacionada com a redução da densidade e elasticidade da pele. Por vezes, a pele dos idosos também pode tornar-se mais espessa e amarelada em zonas como o pescoço.
  • Manchas de idade: causadas pela elevada exposição ao sol que provocam manchas escuras na pele. No caso dos idosos, a pele pode aparentar outro tipo de manchas, como resultado de equimoses e hemorragias.

Qualquer um destes sinais pode ir aparecendo ao longo dos anos, sendo mais acentuados na pele dos idosos. A pele mais envelhecida pode ficar mais suscetível a infeções e ao aparecimento de manchas e crostas. Também pode estar associada ao desenvolvimento de tumores (basalioma e carcinoma espinho celular), eczemas e úlceras varicosas.

A capacidade de cicatrização da pele dos idosos também é menor, comprometendo a recuperação de feridas e aumentando a probabilidade de infeções.

Quais os fatores prejudiciais à pele?

Existem vários fatores que têm um enorme impacto na pele, desde a perda de capacidade de retenção de água à redução da densidade da pele.

Fatores internos (endógenos)

  • Genética: o tipo de pele e as hormonas podem determinar o aparecimento de sinais de envelhecimento mais cedo ou em idade mais avançada. Alterações biológicas como a menopausa e respetiva redução de estrogénio afetam a regeneração das células. Como tal, as diferenças na composição da pele masculina e feminina requerem diferentes cuidados.
  • Doenças e lesões: as cicatrizes causadas por operações, queimaduras, quedas ou a imobilização parcial ou completa de um indivíduo podem provocar traumas cutâneos. A realização de tratamentos com recurso a pensos e material adesivo também pode causar irritações na pele. Doenças como diabetes também têm um impacto na saúde da pele.

Fatores externos (exógenos)

  • Exposição aos raios UVpoluição do ar, principalmente na pele localizada em zonas mais expostas como a cara e as mãos. Ao longo dos anos, a capacidade de combater elementos prejudiciais provocados pelo meio envolvente (como o stress oxidativo) vai diminuindo, destruindo as células e comprometendo a pele dos idosos.
  • Estilo de vida: a adoção de hábitos pouco saudáveis como fumar, consumir bebidas alcoólicas, dormir menos horas que o aconselhado, ter uma alimentação desequilibrada e a falta de cuidados adequados contribui para o envelhecimento da pele.
  • Algumas atividades como hidroginástica ou fisioterapia em piscinas bem como o consumo de medicamentos pode também estar associadas a alergias cutâneas.

Quais os cuidados a ter com a pele do idoso?

Ao sentir frio, calor ou dor, a pele sinaliza a necessidade de proteger o corpo do meio envolvente. Como tal, os cuidados com a pele são essenciais para garantir a saúde deste órgão tão vital e do resto do corpo.

Alguns cuidados básicos a ter:

Higiene diária

  • Tomar banhos curtos e com água não muito quente. Poderá ser necessário utilizar um sabonete com PH mais adequado e privilegiar produtos hipoalergénicos. O registo dos cuidados de higiene diários pode ser feito através do Ankira;
  • Usar hidratantes, compostos por retinol e colagénio, que compensam a perda da capacidade natural das células da pele;
  • Se a mobilidade do idoso assim o permitir, deve praticar exercício físico, uma vez que contribui para a circulação sanguínea e, por sua vez, para o transporte de nutrientes para a pele;
  • Usar protetor ou bálsamo labial para evitar cieiro e lábios gretados;
  • Pequenos gestos como fazer uma limpeza diária ajudam a manter a pele limpa e saudável. Contudo, existem situações em que este passo requer cuidados especiais, tal como a existência de feridas ou pele sensível;
  • No caso dos homens, o ato de barbear deve ser feito com cuidado, com produtos adequados e o corte deve ser feito no sentido do crescimento do pêlo. Nas zonas sensíveis, como o pescoço, é necessária uma atenção redobrada para evitar cortes;
  • Dormir o número de horas aconselhadas é essencial para a saúde, pelo que o efeito de um repouso com menos horas de sono pode refletir-se na pele.

Alimentação

  • Beber pelo menos 2 litros de água por dia;
  • Dieta equilibrada, com consumo frequente de fruta e legumes, tais como laranja, alperce, cenouras, espinafres, leguminosas, tomate e abacate. O facto de os frutos vermelhos serem antioxidantes e os frutos secos terem ácidos gordos faz com que sejam alimentos recomendados para a vitalidade da pele. Ingredientes ricos em vitamina A e C também ajudam a combater os problemas associados ao envelhecimento da pele;
  • Relativamente à alimentação, também se deve evitar gorduras, alimentos com açúcar refinado, comida processada, consumo de bebidas alcoólicas ou de substâncias prejudiciais como o tabaco.

Hábitos gerais

  • Durante o inverno, a utilização de gorros, cachecóis e luvas ajudam a manter a temperatura do corpo estável, prevenindo frieiras e pele seca;
  • Com a chegada do verão, é essencial utilizar protetor solar, de preferência com um fator superior a 30 e ir aplicando várias vezes ao dia, consoante o nível de exposição solar;
  • polimedicação pode causar o aparecimento de sintomas na pele, pelo que é necessário uma constante vigilância e ajuste da medicação. A utilização de pensos ou outro tipo de adesivos nos tratamentos também pode ser prejudicial à pele.

O cumprimento de qualquer um destes cuidados a ter com a pele do idoso depende da situação de cada um e do seu acompanhamento por parte de terceiros. Quando possível, o idoso e os cuidadores devem ter em atenção o aparecimento de sinais, manchas, alteração das unhas ou qualquer um destes sintomas e devem contatar um dermatologista.

 

 

Fonte: ankira

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