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COMODIDADE EM CASAS DE REPOUSO PARA IDOSOS

À medida que a população envelhece, cresce a demanda por casas de repouso que ofereçam cuidados de qualidade e promovam o bem-estar dos idosos. Escolher a casa de repouso adequada é fundamental para garantir que os idosos tenham uma vida confortável, segura e feliz. Este artigo aborda as comodidades e serviços essenciais que uma casa de repouso de qualidade deve oferecer para garantir a melhor qualidade de vida possível para os idosos.

  1. Ambiente seguro e acessível

É essencial que a casa de repouso ofereça um ambiente seguro e acessível para os idosos. Isso inclui rampas, corrimãos, pisos antiderrapantes e iluminação adequada em todas as áreas comuns e privadas. Além disso, deve haver dispositivos de segurança, como alarmes de incêndio, sistemas de monitoramento e pessoal treinado para lidar com emergências.

  1. Acomodações confortáveis

As acomodações em uma casa de repouso devem ser confortáveis, limpas e bem conservadas. Os quartos devem ser espaçosos, bem iluminados e ventilados, com mobiliário adequado às necessidades dos idosos. Além disso, é importante que os residentes tenham a opção de personalizar seus espaços para se sentirem em casa.

  1. Cuidados médicos e enfermagem

A casa de repouso deve contar com uma equipe de profissionais de saúde qualificados, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, para garantir que os idosos recebam cuidados adequados às suas necessidades. Isso inclui a administração de medicamentos, monitoramento da saúde e tratamento de quaisquer condições médicas que possam surgir.

  1. Atividades recreativas e sociais

Para garantir a qualidade de vida dos idosos, é fundamental que a casa de repouso ofereça uma variedade de atividades recreativas e sociais. Isso inclui atividades físicas, como alongamento e caminhadas, atividades cognitivas, como jogos e quebra-cabeças, e atividades sociais, como eventos comemorativos e encontros familiares. Essas atividades ajudam a manter os idosos mental e fisicamente ativos e a promover a socialização entre os residentes.

  1. Nutrição adequada

A alimentação é um aspecto crucial da saúde e bem-estar dos idosos. A casa de repouso deve fornecer refeições balanceadas e nutritivas, levando em consideração as necessidades dietéticas e preferências de cada residente. Além disso, é importante que o ambiente de refeição seja agradável e que os idosos possam desfrutar de suas refeições em companhia de outros residentes.

  1. Suporte emocional e espiritual

O suporte emocional e espiritual é fundamental para garantir a qualidade de vida dos idosos. A casa de repouso deve contar com profissionais, como psicólogos e conselheiros espirituais, que possam oferecer apoio emocional e orientação aos residentes. Além disso, deve ser encorajado o envolvimento dos familiares e amigos no processo de cuidado e adaptação dos idosos à casa de repouso, proporcionando um ambiente acolhedor e familiar.

  1. Manutenção da autonomia e independência

Uma casa de repouso de qualidade deve incentivar os idosos a manterem sua autonomia e independência sempre que possível. Isso inclui permitir que os residentes participem das decisões que afetam suas vidas diárias, como escolha de atividades, horários e preferências alimentares. Além disso, a equipe deve estar preparada para oferecer o apoio necessário para que os idosos realizem suas atividades diárias com segurança e confiança.

As comodidades e serviços essenciais em uma casa de repouso são fundamentais para garantir a qualidade de vida dos idosos. Ao escolher a instituição ideal, é importante considerar aspectos como ambiente seguro e acessível, acomodações confortáveis, cuidados médicos e de enfermagem, atividades recreativas e sociais, nutrição adequada, suporte emocional e espiritual e manutenção da autonomia e independência. Ao garantir que esses critérios sejam atendidos, é possível proporcionar aos idosos uma vida mais feliz, saudável e gratificante durante sua estadia em uma casa de repouso.

 

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texto extraído de: guiadoidoso

DORES NOS PÉS: COMO EVITAR O DESCONFORTO?

Exercícios físicos e fisioterapia são fundamentais como agentes para diminuição da dor nos pés.

Eles são o suporte do nosso corpo e responsáveis pela nossa locomoção: os pés. Entretanto, conforme a idade vai chegando, os pés vão dando também mais trabalho e vão se alterando. Dedos podem deformar, a artrose chega e os cuidados são essenciais.

Com o envelhecimento há uma perda de massa muscular e laceamento dos ligamentos. Por isso, os pés ficam mais largos. E uma das dicas da fisioterapeuta do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas Ana Paula Monteiro é usar sapatos adequados para os pés.

Qual o sapato ideal para o idoso?

Photo elderly woman putting on shoes

  1. Confortável
  2. Estruturado
  3. Fácil para ser colocado
  4. Solado externo de borracha
  5. Solado interno um pouco acima do solo
  6. Leve

Falta de sensibilidade nos pés, artrose, joanete, dedos em garra e dedos cruzados são os problemas mais frequentes nos pés dos idosos. Esses problemas interferem na pisada e na postura do idoso. A pisada errada vai desestruturando o corpo todo.

A importância dos exercícios

Os exercícios de fisioterapia podem ajudar os pés dos idosos. Eles soltam as articulações e fortalecem a musculatura dos pés, melhorando a dor, pois a inflamação diminui. Os exercícios também dão equilíbrio.

extraído de: G1

UM PAPO SOBRE A OSTEOPOROSE

Você sabia que a osteoporose em idosos pode ser ignorada por muitos? Isso porque a osteoporose é uma condição silenciosa que requer atenção médica! Confira no artigo de hoje tudo sobre a OSTEOPOROSE EM IDOSOS! 

 

O que é a osteoporose?

A osteoporose é a redução da resistência dos ossos causada por diversos fatores. O envelhecimento é uma causa importante, já que, com o tempo, a renovação óssea é reduzida. Explicando melhor, o osso é uma estrutura que precisa ser renovada para se manter saudável. Isso acontece com o cálcio e outras substâncias que, com o envelhecimento, vão diminuindo gradualmente.

Já em quem apresenta osteoporose, por algum motivo, o corpo deixa de produzir material ósseo suficiente para continuar resistente. Em alguns casos, a massa óssea antiga pode ser reabsorvida pelo organismo. Mas existem casos que acontecem as duas situações.

Sem material ósseo o bastante, os ossos ficam mais fracos e finos, sujeitos às fraturas.

E por falar em perda de massa óssea, você já ouviu falar em osteopenia? Ela é uma condição fisiológica que precede a osteoporose.

Quando o paciente tem até 25% menos massa óssea considerada normal, ele apresenta osteopenia. Quando a perda é maior que isso, já é osteoporose.

A osteoporose em idosos é uma das grandes causas das fraturas do fêmur (osso da coxa). Em muitos casos, o paciente acha que caiu e quebrou o osso, quando, na verdade, fraturou o osso e por isso houve a queda. Por esse motivo é tão importante o acompanhamento médico para garantir a boa saúde dos ossos e evitar essas situações desagradáveis.

Quais são as causas da osteoporose em idosos?

Se a osteoporose é a remodelação óssea ineficiente, o que leva a acontecer isso? Por que o corpo não consegue produzir massa óssea nova ou qual é o motivo da reabsorção óssea ser tão intensa a ponto de causar fragilidade no tecido?

Nesta seção do artigo, separamos as principais explicações e informações para você saber tudo sobre a osteoporose em idosos.

Deficiência de Cálcio

Não é à toa que dizem que a amamentação faz bem para os ossos. Isso porque o alimento materno é rico em cálcio, um mineral essencial para a formação adequada da massa óssea. Enquanto somos jovens, nosso organismo usa cálcio para formar os ossos, que também atuam como uma reserva do mineral. Afinal, o nutriente tem outras funções importantíssimas no organismo, como o trabalho do coração.

Quando há um equilíbrio no metabolismo dos nossos ossos, ele retira e repõe o cálcio com facilidade e sem prejudicar a estrutura. Porém, se a ingestão do cálcio é insuficiente ou o organismo não consegue absorvê-lo adequadamente, a produção de massa óssea pode ser gravemente afetada. Como corpo não pode ficar sem as outras funções do cálcio, ele retira o mineral do osso, deixando o esqueleto frágil.

Envelhecimento

O envelhecimento é uma das principais causas. Até os nossos 20 anos, há o crescimento dos ossos. Após isso, apenas a densidade é aumentada até completarmos 35 anos, aproximadamente. A partir daí, a perda óssea é gradativa, como um processo normal do envelhecimento. No entanto, se não formamos um estoque adequado de massa óssea, o resultado pode ser osteopenia e, consequentemente, osteoporose, caso não seja diagnosticada a tempo e tratada.

Menopausa

Outro processo que também diminui a densidade óssea é a menopausa. Enquanto a mulher está em período fértil, o hormônio chamado estrogênio retarda a reabsorção dos ossos, além de fixar o cálcio na massa óssea reforçando o esqueleto.

Com a menopausa e a queda brusca na produção desse hormônio, a densidade óssea fica comprometida, já que já uma redução também nos benefícios que ele traz para os ossos. Dessa maneira, nos primeiros anos pós-menopausa pode haver perda acelerada de massa óssea.

Doenças e medicamentos

Algumas doenças são responsáveis pela osteoporose, principalmente quando falamos de pacientes jovens. Além disso, existem medicamentos que também favorecem a redução da massa óssea e que podem levar à fragilidade dos ossos. Veja algumas dessas situações.

  • hipertireoidismo;
  • doenças renais;
  • doença celíaca;
  • doenças inflamatórias intestinais;
  • doenças reumáticas;
  • síndrome de Cushing;
  • acromegalia;
  • remédios: glicocorticoides, hormônios tireoidianos, varfarina, antiepiléticos, heparina, lítio e outros.

Quais são os fatores de risco?

Todo mundo está propenso a apresentar a osteoporose. Entretanto, algumas pessoas apresentam fatores que aumentam os riscos de surgimento da doença. Para você ficar por dentro, listamos alguns deles. Olhe só:

  • pessoas orientais;
  • histórico familiar de osteoporose;
  • tabagismo;
  • sedentarismo;
  • baixa exposição ao sol (por conta da vitamina D que ajuda na fixação do cálcio nos ossos);
  • histórico de fratura prévia;
  • baixo consumo de cálcio;
  • alcoolismo;
  • ausência de menstruação por longo tempo;
  • baixo peso corporal.

Quais são os sintomas?

Assim como diversas doenças silenciosas, a osteoporose não tem sintomas expressivos, que demonstrem a sua presença sem grandes danos. Quando o paciente começa a desconfiar é porque já apresenta algum problema, na maioria dos casos, como fraturas no punho, no fêmur e na coluna. No entanto, é possível perceber alguns sinais de que a saúde dos ossos não vai bem.

  • dor ou sensibilidade nos ossos;
  • dor lombar e no pescoço ocasionadas por fraturas nos ossos da coluna;
  • postura encurvada.

Como é o tratamento?

Podemos dizer que a osteoporose tem cura quase impossível, porém dá para evitar maiores lesões e fraturas, além de melhorar a qualidade de vida do paciente. Os objetivos do tratamento são retardar a perda óssea, prevenir fraturas e controlar as dores.

Para o correto diagnóstico, o médico pedirá alguns exames, como o de densitometria óssea e radiografias. Uma vez identificada, a osteoporose é tratada com medicações específicas, terapias, como reposição hormonal e suplementação de cálcio e vitamina D, e cirurgias, quando necessário.

Como prevenir osteoporose?

Embora seja uma doença quase incurável, ela pode ser prevenida com a adoção de hábitos saudáveis. Quanto mais cedo adotarmos um estilo de vida compatível com a manutenção de ossos saudáveis, maiores as chances de ficar longe da osteoporose. As dicas de prevenção são:

  • mantenha uma alimentação saudável, rica e variada em nutrientes, principalmente cálcio;
  • tome sol por 20 minutos pelo menos 3 vezes na semana;
  • pratique atividades físicas regularmente;
  • abandone os maus hábitos, como cigarro e álcool;
  • quando indicado, faça reposição hormonal;
  • faça um acompanhamento médico frequente, com exames de densitometria óssea anual ou conforme a orientação médica.

A osteoporose em idosos é a grande causadora de quedas e fraturas que tanto prejudicam a qualidade de vida e o bem-estar desses pacientes. Por essa razão é importante ficar de olho na saúde dos ossos a fim de mantê-la sempre em dia para prevenir a doença.

 

 

FONTE: extraído de integrative

SUPLEMENTAÇÃO PARA IDOSOS: QUANDO E COMO COMEÇAR?

A ingestão de nutrientes adequados para a terceira idade tem relação direta com ganhos de saúde e qualidade de vida. Saiba como e quando começar sua ingestão! 

Naturalmente ao envelhecermos lidamos com as consequências da idade mais avançada, mas saiba que é possível ter saúde e qualidade de vida na terceira idade. A suplementação alimentar pode fornecer ao corpo os nutrientes que ele mais precisa nesta fase, promovendo a saúde e autonomia aos idosos.

 

Quando começar a ingestão de vitaminas?

Antes de iniciar qualquer tipo de ingestão de vitaminas é essencial que o idoso passe por uma avaliação médica para saber qual a porcentagem de vitaminas no corpo e qual a carência que o mesmo sofre. Muitas fontes garantem que o ideal é começar a ingestão de vitaminas a partir dos 50 anos de idade. Essa necessidade vai depender da qualidade de vida que cada um tem e é determinada pelo médico.

 

Quais os tipos mais comuns de vitaminas?

Free vector essential vitamin and mineral complex

1. Vitamina B12

Essa vitamina está naturalmente presente nos alimentos de origem animal. Porém, mesmo pessoas idosas que não são vegetarianas, costumam reduzir o consumo de carne porque esse alimento torna-se pesado para mastigar, engolir e digerir. Então faz-se necessária a suplementação em alimentos fortificados, cápsulas e outras fontes.

2. Cálcio

É comum que a partir do momento em que o corpo das mulheres entra na menopausa e o dos homens na andropausa, comece a perder mais cálcio e absorvê-lo em menor quantidade. Com isso os dentes enfraquecem e os ossos ficam sujeitos aos efeitos da osteoporose. Sendo assim, a suplementação de cálcio se faz necessária, seja em cápsulas ou aumentando o consumo de leite e derivados.

3. Vitamina D

Para que o organismo absorva a quantidade necessária de cálcio, ele precisa do apoio da vitamina D, que faz parte do processo. É do sol que o corpo humano obtém a maior quantidade dessa vitamina, mas ela também está em alguns alimentos. Ela é importante para músculos, cérebro, nervos e para o sistema imunológico. Nas pessoas idosas sua absorção reduz, então é importante tomar suplementos.

4. Vitamina B6

Como o organismo dos idosos vai ficando mais sensível com o passar dos anos, a vitamina B6 se torna outra suplementação essencial, ajudando a combater germes e a produzir mais energia. Ela também atua no metabolismo das proteínas, evita a retenção de líquidos e favorece a oxigenação das células.

5. Magnésio

Esse mineral é necessário para a saúde cardiovascular, dos ossos, melhora a digestão, aumenta a absorção de outros nutrientes, ajuda a manter bons níveis de açúcar no sangue e muito mais. Está entre as vitaminas essenciais para idosos e, nas fontes naturais, encontra-se nas oleaginosas, no espinafre, batata-doce, peixes e grãos integrais.

6. Probióticos

Aumentar o consumo de alimentos probióticos é essencial para os idosos, embora seja uma escolha altamente benéfica em todas as fases da vida. Os probióticos nutrem a microbiota intestinal com bactérias boas, evitando doenças intestinais e fortalecendo o sistema imunológico. Eles são os iogurtes naturais, kefir, kombucha, molho de soja, chucrute e tudo mais que for fermentado.

7. Ômega-3

São tantas as funções do ômega-3 para o bom funcionamento do organismo que há um artigo somente falando de ácidos graxos ômega-3. Basicamente, são gorduras boas e necessárias, mas que o corpo não produz, por isso precisam ser absorvidas de fontes externas, sejam alimentos ou suplementos em cápsulas. Nos alimentos ele está no abacate, nas oleaginosas, no coco e nos peixes gordos, como atum, sardinha, cavala, arenque e salmão.

8. Zinco

Outra das vitaminas essenciais para idosos é o elemento zinco. Esse nutriente fortalece a imunidade, melhora a produção e a liberação de hormônios, que é uma das funções mais afetadas nos idosos, também regula o açúcar no sangue, atua na força cardíaca, previne doenças gastrointestinais e muito mais.

9. Potássio

Para os idosos, a suplementação de potássio é tão importante porque ele atua no funcionamento do sistema nervoso, nos movimentos dos músculos e do coração. A falta desse nutriente nos idosos causa fadiga, fraqueza, insônia, depressão, desregulação das batidas do coração e cãibras.

10. Folato

Devido à fraqueza que aumenta com a idade, os idosos necessitam absorver a quantidade adequada de folato para reduzir o risco de quedas e fraturas. O folato é o ácido fólico, que está presente nas frutas cítricas, folhas verdes, aspargos, brócolis e alimentos enriquecidos.

 

Investir na saúde garante qualidade de vida!

Essas são algumas das vitaminas essenciais para idosos, pois na verdade o organismo precisa de todos os nutrientes de forma equilibrada, não apenas de alguns. Sendo assim, não deve-se esperar chegar aos 50 anos ou mais para começar a visitar o médico geriatra e outros especialistas com mais frequência.

Quanto antes começar a verificar a qualidade e quantidade de nutrientes no organismo, melhor qualidade de vida vai ter quando ficar idoso.

 

**As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. Para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.

 

 

texto extraído de: essentialnutrition; .dicasonline

O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA E SEUS DESAFIOS

O país, que era considerado jovem, vive o aumento da expectativa de vida, que está mudando esse quadro. Até 2060, a população com 80 anos ou mais deve somar 19 milhões de pessoas, diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa (CNDPI), Bahij Amin Auh afirma que a mudança começa com educação. “O Brasil conquistou a vitória de aumentar a longevidade da sua população. Hoje, vive-se mais – a média de expectativa de vida da população brasileira é de mais de 75 anos. Agora, é preciso um amplo programa educacional, para que toda a população tenha noções básicas sobre o processo de envelhecimento, para que valorize e respeite a pessoa idosa”.

Hoje, já há previsão legal, inclusive no Estatuto do Idoso, de 2003, para que os sistemas escolares trabalhem conteúdos sobre esse tema, mas, segundo Auh, isso não tem sido feito. Representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele diz ainda que a promoção dessa valorização passa pela garantia de mais informações para os idosos acerca dos seus próprios direitos.

Outro desafio do país é aumentar a oferta de políticas públicas que garantam que a população idosa envelheça de forma ativa. “Não adianta um corpo vivo. É preciso que a mente e as relações das pessoas idosas estejam em atividade”, afirma. Uma das questões mais relevantes para ele é a política de acolhimento. Diante de mudanças nas configurações sociais, muitos idosos passaram a ficar sem companhia em casa e sem receber os cuidados necessários, conversar ou contar com o apoio da família para desenvolver atividades.

Políticas de acolhimento

De acordo com dados do Sistema Único de Assistência Social (Suas), há, no Brasil, 1.669 instituições de acolhimento de idosos. Muitas pessoas conhecem apenas as instituições de longa permanência, conhecidas popularmente como asilos. Não obstante, existem outros modelos em funcionamento no país, como os centros de convivência, onde idosos que têm autonomia praticam atividades recreativas e aprendem novos ofícios, e os chamados centros-dia, que em geral recebem pessoas que precisam receber algum tipo de atendimento terapêutico.

Tais opções ainda são restritas e estão concentradas em grandes centros urbanos, mas podem ser saídas para a situação vivenciada por muitos idosos que não têm companhia e também para os membros de famílias que precisam ou desejam trabalhar fora de casa, mas têm responsabilidades com os mais velhos.

Atualmente, cerca de 60 mil pessoas usam os diferentes serviços de acolhimento existentes, informa a coordenadora-geral de Serviços de Acolhimento do Ministério do Desenvolvimento Social, Nilzarete de Lima. Apesar de o número ser expressivo, Nilzarete diz que ainda há desconhecimento sobre os serviços e também preconceitos. “É muito presente a ideia de que as pessoas acolhidas nessas instituições são aquelas que não têm mais família e que, por isso, o atendimento dado não é adequado e não respeita a individualidade delas”.

Nilzarete reconhece, contudo, que problemas existem, e diz que tem buscado superá-los. Um problema central é a diversidade de padrões adotados nas instituições, o que está relacionado ao fato de 70% a 80% delas serem ligadas a instituições filantrópicas ou outros tipos de organizações da sociedade civil, explica Nilzarete. O governo federal participa dessa política por meio do cofinanciamento das ações e do estabelecimento de regras de funcionamento.

Nos últimos anos, o governo atua para reordenar a prestação dos serviços. Superando a antiga concepção assistencialista rumo à afirmação da assistência social como direito, diz Nilzarete, “a gente vem trabalhando com uma política de inclusão dos idosos à comunidade e de reordenamento dessas unidades, para que seja adotada uma nova visão, como política de Estado, de direito e de proteção social”. Em vez de um lugar onde os idosos são abandonados ou de um hospital permanente, ela propõe que as instituições sejam a casas dessas pessoas e ofereçam atendimento humanizado.

Para promover essa visão, ela ressalta que o Ministério do Desenvolvimento Social participa de uma câmara técnica que, junto com outras pastas, conselhos de direitos e organizações da sociedade civil, objetiva estudar a rede existente e propor esse reordenamento. Financiamento, estrutura dos locais e características dos serviços ofertados são algumas das questões analisadas. “Queremos que as famílias tenham a segurança de que vão deixar alguém no serviço de atendimento, mesmo o temporário, e de que esse parente vai ser cuidado”, afirma.

Formação profissional

Outro desafio para que os idosos recebam atendimento de qualidade é a qualificação profissional de quem trabalha com essa população. “As profissões ligadas aos cuidados com os idosos são as profissões do futuro. O envelhecimento da população vai gerar o aumento das oportunidades de trabalho para pessoas que cuidem dos idosos”, alerta Bahij Amin Auh.

Tal percepção, contudo, ainda não foi absorvida a contento pelas instituições de ensino. Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo, Carlos André Uehara avalia que muitos profissionais em atuação não receberam formação com um olhar gerontológico. Exemplo disso é a abordagem que infantiliza o idoso, que ele considera inadequada.

Além disso, Uehara explica que o modelo de atenção à saúde atual é baseado na busca da cura de doenças agudas, enquanto cresce o número de idosos que convivem com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e doenças respiratórias. Nestes casos, o que resolve “não é uma consulta de 2 minutos, que passa remédio e marca retorno – é preciso mais acompanhamento”.

 

 

texto extraído de: cuidaridoso

VOCÊ SABE O QUE É A SÍNDROME DO SOL POENTE?

Também conhecida como  ‘Síndrome do Entardecer’ ou ‘Síndrome do Crepúsculo’, essa condição é comum em pessoas com a doença de Alzheimer.

Os motivos que desencadeiam essa condição ainda são poucos conhecidos, mas a possibilidade é que o Alzheimer afeta o relógio biológico da pessoa, levando-a a ciclos confusos.

Essa síndrome deixa o idoso muito confuso, ansioso e irritado, com dificuldade de se localizar no tempo e no espaço. Mesmo estando em casa, ele pede pra ir embora, e acaba angustiando as pessoas ao seu redor, que ficam sem saber o que fazer.

Se puder, tente encontrar e entender o motivo que ocasiona esse comportamento. Ouça pacientemente as preocupações e frustrações do idoso, e tente tranquilizá-lo e distraí-lo de situações estressantes ou perturbadoras.

 

Causas da síndrome do sol poente

Cerca de 30% dos pacientes com Alzheimer sofrem dessa síndrome, mas pessoas com outras demências também podem ser atingidos.

A causa está relacionada às alterações cerebrais do relógio biológico. O paciente acaba ficando confuso com o ciclo do sono, e essa instabilidade fisiológica e psicológica pode afetar o ritmo cardíaco, portanto não pode ser ignorada.

As causas e fatores que agravam a síndrome são:

Cansaço intenso, fome ou sede, tédio, dores, mudança de temperatura ou iluminação, necessidades não satisfeitas, depressão, jet lag, dificuldade de discernir a realidade, infecções urinárias e outras.

Todas as alterações desencadeadas no entardecer podem causar os seguintes sintomas:

  • Ansiedade, irritação, mudanças de humor, tristeza, confusão mental, aumento de energia, delírios, desorientação, agitação intensa, entre outros.Nem sempre é necessária a administração de medicamentos para conter o problema. Mudanças de hábitos e atitudes já fazem a diferença.

Para combater a síndrome, uma das recomendações é intensificar a luminosidade. Se necessário aumente as luzes e deixe-as acesas já a tarde, não espere anoitecer para acendê-las.

Além disso, há outras sugestões:

  • Mantenha uma rotina de sono
  • Estabeleça horários para as atividades do dia a dia
  • Planeje atividades mais intensas durante o dia, para que o idoso se sinta cansado a noite
  • Limite o consumo de cafeína e açúcar
  • Limite os cochilos durante o dia
  • Reduza os ruídos e estímulos visuais à noite, como mexer no celular, assistir televisão ou usar o computador.
  • Crie um ambiente acolhedor, com objetos e fotos familiares na decoração da casa
  • Ouça músicas suaves depois do entardecer.

Esses são alguns exemplos. Com alguns cuidados, as chances do idoso apresentar quadros da Síndrome do Pôr do Sol tendem a diminuir.

Mas mesmo assim, se for um problema, procure um médico. Muitas vezes, somente um exame bem detalhado pode identificar o que está causando a síndrome, que pode ser uma dor, distúrbio do sono, efeito colateral de medicamentos, etc.

Profissionais da saúde e cuidadores costumam compreender bem as necessidades dos idosos e portadores de doenças como Alzheimer, e podem ajudar a colocar em prática hábitos mais saudáveis, visando diminuir as consequências da síndrome do pôr do sol.

conteúdo extraído de: guiadoidoso

novos idosos: o que tem mudado no perfil dos idosos durante o envelhecimento?

No Brasil, de acordo com a Política Nacional do Idoso e referendada pelo Estatuto do Idoso defina-se como pessoa idosa aquela com 60 anos ou mais de idade.

Entretanto, em países considerados desenvolvidos, a idade que marca o início da velhice são aos 65 anos. Isso, por si só, já demonstra que a idade não é a única referência para início da terceira idade.

O idoso não é apenas aquele indivíduo com muita idade. O idoso pode ser identificado tanto sobre o ponto de vista do ciclo de vida como também no curso da vida social.

Novos Idosos

A própria concepção de velhice tem se alterado nos últimos anos, existindo hoje uma visão mais otimista se comparada ao passado. Hoje, o idoso é considerado como um indivíduo socialmente ativo, que participa economicamente da sociedade e da família.

Assim, os idosos têm tomado frente em suas decisões, traçando objetivos e metas e buscando novos desafios. A realização de novos projetos de vida como viajar, estudar, aprender idiomas e desvendar a tecnologia. Tudo isso é cada vez mais comum entre idosos.

O turismo, aliás, é um bom termômetro para se medir a quebra de paradigmas da velhice. A área tem ganhado cada vez mais procura por idosos. Isto se deve a diversos fatores, como a independência da pessoa idosa, a facilidade de acesso aos pacotes e ao atendimento direcionado a esta população.

Brasil mais velho

Em se tratando de consumo, o perfil da população idosa brasileira mudou. Os idosos exigem qualidade nos produtos que irão consumir, sejam eles alimentícios, vestuários, medicamentos, plano de saúde, entretenimento ou viagem.

Isto por que, além dos cuidados consigo, a população idosa também se preocupa com o bem-estar da família, com o espaço de convivência, com o amor e com as trocas de experiências.

Os novos idosos, portanto, devem ser olhados e percebidos como seres integrais, não apenas em questões de saúde, mas de educação, cultura, esporte e entretenimento.

 

fonte: blogdoanalia

ARTETERAPIA PARA IDOSOS: DESCUBRA SEUS BENEFÍCIOS

A fim de estimular o corpo e a mente através da arte, a arteterapia utiliza diversas expressões artísticas, como pintura, música e colagem. Saiba tudo sobre o assunto neste artigo! 

 

O que é arteterapia?

De acordo com a União Brasileira de Associações de Arteterapia (UBAAT), a arte terapia é “o uso da arte como base de um processo terapêutico (…) que visa propiciar mudanças psíquicas, assim como a expansão da consciência, a reconciliação de conflitos emocionais, o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal”.

Ainda, de acordo com a UBAAT, este processo terapêutico visa estimular o crescimento interior, abrir novos horizontes e ampliar a consciência do indivíduo sobre si e sobre sua existência. Assim, trabalham, de forma lúdica, traumas, medos ou outras emoções difíceis de serem externadas. Além disso, este tipo de terapia diminui estresse e ansiedade; estimula a criatividade e o desenvolvimento das atividades cognitivas dos idosos.

Como a arte faz bem à saúde?

Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde em 2019 mostra que o envolvimento com a arte pode trazer benefícios para a saúde mental e física do indivíduo. A pesquisa “Quais são as evidências sobre o papel da arte na melhoria da saúde e do bem-estar?” analisou atividades artísticas que buscam promover a saúde e prevenir problemas relacionados a ela, lidar e tratar problemas físicos e mentais, além de apoiar os cuidados no final da vida.

O relatório expõe que, quando associadas aos serviços de saúde, as atividades artísticas podem ser usadas para completar ou aprimorar os protocolos de tratamento. Do mesmo modo, a pesquisa indica que atividades como música, artesanato e arte do palhaço reduziram a ansiedade, a dor e a pressão arterial de alguns pacientes em emergências. Por outro lado, a prática de dança promove melhorias na capacidade motora de pessoas com doença de Parkinson.

Sem contra indicação

A arteterapia pode ser praticada por crianças, adolescentes, adultos, idosos, por pessoas com necessidades especiais, enfermas ou saudáveis. Além disso, a arteterapia para idosos pode ser realizada individualmente ou em grupos, com a orientação de profissionais da área, que demonstram como executar as atividades e acompanham os indivíduos na confecção ou execução do trabalho. Entre os tipos de arteterapia mais comuns, estão: pintura; desenho; modelagem; colagem; desenho; artesanato; sons; músicas; criação de personagens; entre outras.

Na Clínica Riviera contamos com atividades recreativas que trabalham e aprimoram a capacidade física e mental do idoso diariamente. Todos os nossos hóspedes possuem a liberdade de trabalhar e executar atividades que mais lhe trazem prazer. Desta forma a prática se torna muito mais proveitosa uma vez que por livre e espontânea vontade são realizadas.

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conteúdo extraído de: gero360

80 ANOS: IDOSOS NESSA FAIXA ETÁRIA TÊM PRIORIDADE EM RELAÇÃO AOS DEMAIS IDOSOS

A Prioridade Especial assegura atendimentos preferenciais em situações já descritas no Estatuto da Pessoa Idosa! Confira:

 

O Estatuto da Pessoa Idosa, descrito na Lei 10.741/2003, garante, entre outros benefícios, o acesso, a proteção e a prioridade em diversos serviços para pessoas maiores de 60 anos de idade. O que poucas pessoas sabem é que a Lei nº 13.466/2017 inclui no texto do Estatuto a garantia de prioridade máxima aos cidadãos com mais de 80 anos em relação aos demais idosos. A chamada Prioridade Especial é um benefício garantido pela legislação vigente e incorporada em todas as ações da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (SNPI/MMFDH).

Entre as prioridades asseguradas aos idosos previstas no documento, merecem destaque:

  • O atendimento preferencial em órgãos públicos e privados;
  • Atendimento preferencial em bancos;
  • Prioridade em programas do governo para habitação (aquisição de imóveis);
  • Prioridade em meios de transporte (aviões, ônibus e navios);
  • Acesso à justiça (tramitação de processos judiciais e administrativos).

Assim, com a efetiva validade do atendimento prioritário, idosos a partir dos 80 anos têm preferência nessas situações, exceto em casos de emergência.

O secretário Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, Antônio Costa, destaca que os benefícios facilitam a celeridade no acesso a serviços como os de saúde, por exemplo. “A prioridade para idosos maiores de 80 anos está relacionada ao exercício da cidadania e à garantia de condições de dignidade, conforme estabelecido pelo Estatuto da pessoa idosa.”

O gestor da pasta afirma ainda que não se trata apenas de respeitar a legislação. “Em razão da trajetória de vida dessas pessoas, a “Prioridade Especial” é uma valorização a mais. O respeito com essa população tão necessitada de atenção, não importa onde elas estejam, deve ser imediata” alertou.

 

fonte: gazetadetoledo

MÊS DAS CRIANÇAS: PORQUE INFANTILIZAR OS IDOSOS NÃO É BOM!

Tratar os idosos como crianças pode extinguir suas escolhas e opiniões, retirar sua autonomia e o excluir de conversas e discussões importantes. Entenda mais sobre o assunto neste artigo!

 

A infantilização do idoso está diretamente relacionado ao “ageismo”, ou “idadismo”, identificado pelo gerontólogo Robert Butler (EUA), vencedor do Prêmio Pulitzer em 1976 pelo livro Why Survive: Being Old In America (Por que sobreviver: ser idoso nos EUA, em tradução livre), e que se configura pelo preconceito contra idosos.

É como se a maturidade e as respectivas capacidades cognitivas de um idoso fossem incompatíveis com as da vida adulta. Como se um idoso tivesse o mesmo nível de compreensão de uma criança da primeira infância. A infantilização do idoso é um mal que pode fazer com que os idosos se sintam diminuídos e tenham sua autoestima severamente afetada. “Na medida em que minimizamos sua autoconfiança e sua autoestima, o idoso é levado a ter um olhar sobre si mesmo como alguém frágil e incapaz”, explica Eloah Mestieri, psicanalista com experiência em bem-estar na terceira idade. Pela ótica da psicanálise, a infantilização é uma fonte de violência que gera traumas e conflitos perigosos, que, destruindo a autoconfiança, apressa o declínio geral do idoso. “A infantilização coloca uma barreira entre o idoso e o mundo, como se este estivesse regredindo de importância enquanto sujeito. Isso traz consequências drásticas na saúde física também.”

Exemplos de infantilização do idoso

  • Expressões no diminutivo (comidinha, roupinha, caminha);
  • Falar apenas com o acompanhante ou como se o idoso não estivesse presente;
  • Não inserir os idosos em programas como shows, teatros, festas e viagens em família;
  • Não comentar e conversar sobre temas da atualidade;
  • Desconsiderar a opinião da pessoa e o histórico dela em decisões como fazer festa de aniversário, usar determinados tipos de roupa e fazer atividades como uma dança, por exemplo.

Carinho X Desrespeito

Valmari Cristina Aranha, psicóloga com especialidade em gerontologia e secretária-adjunta da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), enfatiza que é perfeitamente possível ser afetuoso, empático em relação ao idoso sem descaracterizar a identidade e a personalidade da pessoa.

“É preciso dissociar a ideia de que, para ser empático, você precisa ser engraçado e fofo com o idoso. Na verdade você precisa ser coerente e falar com uma linguagem que ele entenda, e isso tem relação com a capacidade cognitiva, da escolaridade, déficit auditivo ou visual e, não, simplesmente pela idade.”

A experiência com o assunto deve trazer alguns questionamentos, explica Denise Diniz, coordenadora do Setor de Gerenciamento de Estresse e Qualidade de Vida da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

“Quando se infantiliza o idoso, se está promovendo a autonomia ou a dependência dele? Muitas vezes a intenção de proteger o idoso pode ser um excesso de cuidado que tira a sua independência. A perda da autonomia afeta a autoestima, a autoconfiança e prejudica o desenvolvimento da pessoa.”

Depressão e Infantilização

O esforço de adaptação por parte do idoso em relação às mudanças na rotina e das próprias limitações cognitivas e motoras envolve aspectos físicos, psíquicos e sociais e podem ser um gatilho para a depressão. É importante ressaltar que as pessoas reagem de forma diferente e não se deve creditar unicamente essas questões à depressão. Porém, o sentimento de impotência em poder gerir a própria vida e o bombardeio à autoconfiança e à dignidade, pela autodesvalorização que o tratamento infantilizado veladamente promove, representa um poderoso indicador que vai minando o humor e a vontade de viver da pessoa.

Essa forma de tratamento não contribui para o bem-estar do idoso, para a sua dignidade e para a sua saúde física e mental. Desencadeia estados de tristeza e melancolia que podem se encaminhar para sintomas de depressão, apressar a perda cognitiva, a senilidade e todas as doenças físicas e mentais.

O resultado disso é uma maior predisposição para a debilidade senil e o Alzheimer, além de uma baixa no sistema imunológico como um todo, propiciando o surgimento de várias patologias. “Certamente um idoso frustrado, humilhado, que se sente destituído de sua capacidade como sujeito tende a ficar mais introspectivo, isolado, mais triste, e isso sim pode agravar quadros depressivos pré-existentes ou até o surgimento de um sentimento novo de depressão”, explica a psicóloga Valmari Aranha.

 

Estimular a autonomia é fundamental

Trata-se de uma questão de equilíbrio, cuidado e bom senso. As pesquisas e experiências sobre o assunto ressaltam a importância de não fazer pelo idoso aquilo que ele —ou ela— tem a capacidade de realizar por si mesmo.

“A dica para cuidadores e familiares é se permitir ensinar e ajudar quando forem solicitados incentivando-os a lançarem-se em novos desafios. Ouvi-los com atenção e procurar aprender com eles, já que a experiência de um idoso pode ser valiosíssima. O estímulo pela socialização com pessoas de várias faixas etárias também é fundamental”, explica Mestieri.

Os estudos sobre o cuidado com o idoso passam pela necessidade de clareza na transmissão das informações e, principalmente, pela questão do respeito pela pessoa. “O envelhecimento é uma condição como qualquer outra da vida e não necessariamente ela deve trazer consigo essa ideia de regressão e de inabilidade. Mesmo sob cuidados, o idoso não deve se colocar —ou ser colocado— em uma posição de passividade”, explica Aranha.

E mesmo quando a pessoa não consegue mais expressar verbalmente as suas vontades, é importante que a família tenha um histórico sobre o perfil dela, os desejos dela em outros momentos da vida para saber o que se espera em determinadas situações e decisões.

Nesse sentido, é bastante comum ouvir as pessoas falando até carinhosamente que os filhos viram ‘os pais dos pais’ na velhice. “Na verdade, você pode virar um cuidador do seu pai, mas ele continua sendo seu pai. Mesmo debilitado ou sem condições de tomar algumas decisões, vocês tiveram uma história construída que pode te dar sustentação para que você consiga tomar as decisões por ele baseado nas informações de como ele construiu a história dele.”

 

 

texto extraído de: uol (leia a matéria completa clicando aqui)

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